A pergunta é (copiado do exame celpe-bras 2000): Se você pudesse fazer três sugestões aos governantes do século XXI, para que pudéssemos viver em um mundo que equilibrasse o ser com o ter, o progresso com a natureza, o que recomendaria? 

Minha resposta: 

- Eu estudo para ser economista,  no curso existe um ramo que é a economia ambiental mas ela só procura o melhor jeito de distribuir os recursos extraídos da natureza entretanto é apenas uma matéria eletiva. Acho que os centros de estudos talvez não dão a importância que realmente merece, nos estudos de economia centralizasse muito mais esforços nas desigualdades das pessoas e não digo que isso não seja bom mas precisamos ampliar nossa perspectiva; agora sabemos que a natureza não é infinita e o que achávamos inesgotável na verdade não o é e sim nós não prevemos os ciclos então acho que desde crianças deve se ensinar sua importância.

- Segundo Kaká nossa cultura é do ter, os ricos se tornam mais ricos, na verdade não encontro problemas nisso dado que num artigo eu li que eles fazem sua comparação de riqueza com as pessoas que os rodeiam mas os que os rodeiam são outros ricos então eles na verdade querem pertencer ao tipo de círculo no que eles já estão, parece-me que a questão do ser é ambígua porque alguns não acumulam por acumular  mas é uma questão de status, segurança e, além disso, divertimento; o que eu posso recomendar seria acrescentar os incentivos para a reverter todo o verde o demais é um problema de cultura.

Texto copiado do exame celpe-bras, não é preciso ler:

500 Anos de Desencontros
 
Para o escritor Kaká Jecupe, a semente do distanciamento entre brancos e índios está na
estrutura das sociedades: uma cultua o ter e a outra o ser. 

Kaká Werá Jecupe é um caso raríssimo de escritor no Brasil. Índio tapuia, ou 
txucarramãe (guerreiro sem arma), como ele prefere, filho legítimo dos ancestrais habitantes
das terras descobertas pelos portugueses, resolveu romper o silêncio de cinco séculos e 
escrever a história vista pela ótica dos que habitavam o Novo Mundo há milhares de anos.  

ISTO É – O Brasil está se preparando para comemorar seus 500 anos. Para os povos 
indígenas, são anos de descoberta ou de invasão? 
Kaká Wera Jecupe- De desencontro. Desencontro que provocou e continua 
provocando situações gravíssimas. A realidade atual indígena não é fácil.  

ISTO É -  E qual é a razão desse desencontro? 
Kaká- A semente desse desencontro está numa sociedade que tem na sua estrutura de cultura a questão do ter e encontrou uma cultura aqui voltada para o ser.   

ISTO É – Os europeus chegaram trazendo o progresso, trataram os que estavam aqui  como primitivos. Como você pensa esta relação? 
Kaká- Para quem fundamente a sua cultura no ter, a noção de progresso está em ver ao seu redor o acúmulo de bens materiais. A noção de progresso dos indígenas está em desenvolver a sua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. É preciso que a civilização olhe para os índios com menos prepotência, até para perceber que ela está em colapso.

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